sábado, 18 de junho de 2011

Caboclos



OKÊ CABOCLO!


Originalmente, a palavra Caboclo significa mestiço de Branco com Índio mas, na percepção umbandista, refere-se aos indígenas que em épocas remotas habitaram diversas partes do planeta, como civilizações aparentemente primitivas, mas na realidade de grande sabedoria. Espíritos que, embora em sua encarnações tenham vivido em outros países, identificam-se espiritualmente na vibração dos Caboclos, como por exemplo, os índios Americanos, os Astecas, os Maias, os Incas e demais indígenas que povoaram a América do Sul.

Falar em Caboclos na Umbanda, é fazer menção a todos eles que, com denominações diversas, atuam em nossos terreiros e que, com humildade, como muito bem recomenda a espiritualidade, omitem detalhes referentes às suas vidas quando encarnados.
Na Umbanda, os Caboclos constituem uma falange e, como tal, penetram em todas as linhas, atuando em diversas vibrações. Entretanto, cada um deles tem uma vibração originária, que pode ser ou não aquela em que ele atua.

Antigamente existia a concepção de que todo Caboclo seria um Oxóssi, ou seja, viria sob a vibração deste Orixá. Porem em nossa percepção, compreendemos que Caboclos diferentes, possuem Vibrações Originais Diferentes, podendo se apresentar sob a Vibração de Ogum, de Xangô, de Oxóssi ou Omulu. Já as Caboclas, podem se apresentar sob as Vibrações de Iemanjá, de Oxum, de Iansã ou de Nanã.

Não há necessidade da Vibração do Caboclo-guia, coincidir com a do Orixá dono da coroa do médium: o guia pode ser, por exemplo, de Ogum, e atuar em um sensitivo que é filho de Oxóssi; apenas neste caso, a entidade, embora sendo de Ogum, assimilará a vibração de Oxóssi.

Raríssimas vezes dizem ser velhos ou jovens e não apreciam ficam sentados, gostam de dançar, cantar e conversar. São rígidos e sinceros, mas nunca grosseiros. Fumam charutos, bebem vinho, aluá, água de coco e outras bebidas de acordo com sua origem (linha). Gostam de comer frutas e caças.

Os Caboclos são caçadores e desbravadores por excelência, são conhecedores da Natureza e mestre da Caça. Sua atribuição principal é trazer pujança, força e perseverança aos seus filhos, ensinam sobre a necessidade de respeito ao Planeta e a tudo o que o povoa.

São Entidades fortes e viris. Muitos possuem dificuldades de se expressar em nossa língua, necessitando de um auxiliar da casa com mais experiência no linguajar dos caboclos.

São exímios na arte de curar e na limpeza espiritual. Profundos conhecedores das ervas medicinais e de suas propriedades espirituais, assim como as terapêuticas para o tratamento de muitos males. São entidades passistas (passes vibratórios) que afastam as negatividades do consulente.

São verdadeiros Guias Espirituais para seus médiuns, orientando, aconselhando e transmitindo paz e sabedoria.

Amo o meu Caboclo Cobra Coral . Ele diz ser do Tronco do Jequitibá.

Esta postagem, como todas, está aberta para complementações, opiniões e críticas construtivas.

Axé

Kafungi

Obs.: O texto acima em vermelho foi transcrição do Livro Umbanda: Crença, saber e prática de Míriam de Oxalá.  O restante (em preto) é de minha autoria.






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